quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Revisão básica pra galera

Aí vai um resumão do meu painel, uma chance pra galerinha que resolveu fazer outra coisa na hora da apresentação.!


Alzheimer: síndrome de natureza crônica e progressiva, sendo caracterizada pela perda de funções cognitivas como memória, atenção e aprendizado. As alterações neuropatológicas e bioquímicas da doença podem ser divididas em dois campos: mudanças estruturais e sistemas de neurotransmissores. Me atentarei ao segundo, já que é a finalidade do nosso blog.

Alguns neurotransmissores são afetados, de maneira degradativa, nessa doença. Um exemplo, sobre o qual desenvolve-se uma hipótese, é a aceticolina. Um fator que explica a baixa nos níveis cerebrais desse modulador é a formação de emaranhados neurofibrilares. Isso se dá pela hiperfosforilação da proteína TAU, responsável por se associar aos microtúbulos do citoesqueleto dos neurônios e manter a ordem. São por esses microtúbulos que as vesículas de acetilcolina se deslocam até a fenda sináptica. Como a proteína acima está deformada, sua atividade fica comprometida, fazendo com que os microtúbulos se enovelem e impeçam a transmissão de acetilcolina.

Parkinson: caracterizada por rigidez muscular, tremores e diminuição ou perda total de movimento físico. Isso se dá pois ocorre diminuição do estímulo do cortex motor, em virtude da menor liberação de dopamina. A associação desse neurotransmissor à doença nos leva a entender alguns outros sintomas que não estão relacionados com a motricidade, como o desânimo e estado depressivo.
Primeiramente, uma rápida noção de neuroanatomia: a substância negra é uma porção do mesencéfalo responsável por ''traduzir'' informações motoras, sendo composto de uma entrada, um local de tratamento de informações e uma saída.
A entrada é representada pelo núcleo Estriado, que recebe as informações de todo o cérebro. Desse núcleo emergem duas vias de saída: uma direta, responsável por facilitar a motricidade; e uma indireta, funcionando como um ''freio'' sobre os movimentos. A dopamina permite o perfeito equilíbrio entre as duas vias. Na doença de Parkinson a diminuição de dopamina age na via indireta, inibindo o ''freio'' dos movimentos, levando a tremores descontrolados.

Esquizofrenia: transtorno psíquico severo caracterizado por alterações do pensamento, delírios e alucinações. As bases fisiopatológicas da doença em questão não foram elucidadas, mas pode-se relacionar a esquizofrenia à diminuição de dopamina na via mesocortical e aumento na via mesolímbica (leia mais). A hipótese da dopamina baseia-se em dados obtidos que mostram, incontestavelmente, que o tratamento à base de antipsicóticos levam à diminuição de dopamina pelo bloqueio dos receptores. Sendo assim, em estado de doença, ocorre o hiperfuncionamento de tal neurotransmissor.

Ansiedade: pode ser relacionada à disfunção dos mecanismo de GABA. Sua inibição pode levar, devido a sua função, a um estado de manifestações intensas, manifestadas através de convulsões generalizadas. Chegou-se a essa conclusão baseando-se no fato de que os ansiolíticos, fármacos utilizados no tratamento de ansiedade, facilitam a ação do GABA. Sendo assim, na ausência desse fármaco, a atividade do GABA fica reduzida, caracterizando o quadro de ansiedade.


então, até daqui a pouco.!



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