quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Neurotransmissores - Visão Geral

As células nervosas são de extrema importância para o funcionamento do metabolismo de um indivíduo. São responsáveis por processos de aprendizagem, respostas motoras e mudanças de humor, por exemplo. Para tanto, as células nervosas precisam estabelecer uma comunicação entre si e com o tecido alvo.

Isso se da por meio da transmissão de impulsos nervosos através dos neurônios. Para que essa conduçao ocorra, dois tipos de fenômeno devem acontecer: um elétrico e um químico. O evento químico se dá por meio de neutransmissores. Esses compostos são produzidos pelos neurônios e desse modo podem transmitir um comando a um determinado tecido alvo. Essa transmissão ocorre por um mecanismo conhecido como sinapse.

Sinapse pode ser definida como o ponto de contato entre dois neurônios. Todavia, esse contato nao é feito fisicamente. Um neurônio pré-sinaptico libera neurotransmissores que chegam a receptores no neurônio seguinte (pós-sinaptico), que desencadeia alterações em regiões da membrana, nas bombas de sódio e cloro por exemplo, gerando polarização ou despolarização da membrana. Esse é o evento elétrico da célula nervosa sendo gerado a partir da sinapse. O impulso elétrico segue pelo dendrito e corpo celular do neurônio até chegar na extremidade do dendrito e repetir o processo acima.

A extremidade de um axônio é rica em mitocôndrias e vesículas sinapticas. As vesículas têm o papel de armazenar e transportar o neurotransmissor até a membrana, afim de ser liberado na fenda sinaptica. A síntese desses mediadores, estimulada por impulsos elétricos ou quiíicos, deve ser realizada rapidamente, uma vez que a quantidade armazenada nas vesículas só é suficiente para pouquíssimo tempo. Essa produção é dependente de energia cedida pelo ATP. Logo, isso explica a presença de um grande número de mitocôndrias na extremidade do axônio.

Como exemplos básicos de neurotransmissores temos:

Dopamina: controla o sistema motor. Quando seus níveis estão baixos, o indivíduo não consegue se locomover, causando o Mal de Parkinson;
Acetilcolina: controla atividades que têm alguma relação com aprendizagem e memória. Baixos níveis de acetilcolina no córtex cerebral causam a Doença de Alzheimer;
Serotonina: controla o humor sendo que, quando sua produção é deficitária, o indivíduo entra em estado de depressão;
Endorfina: melhora a memória, diminui lesões nos vasos sanguíneos, alivia as dores e aumenta a resistência.

Nos próximos posts a bioquímica desses e outros neutransmissores será estudada mais a fundo, bem como as associações com distúrbios como depressão e outras doenças.

Fontes: http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/neuroquimica.html
http://www.cerebromente.org.br/n12/fundamentos/neurotransmissores/neurotransmitters2_p.html

Postado por: João Pedro (Johnny)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A descoberta dos Neurotransmissores

Antes de começar todos os estudos sobre neurotrasmissores e seus aspectos, você não acharia interessante saber como eles foram descobertos?

O ano foi 1921 ( muito antes do que eu imaginava), o responsável pela descoberta foi o cientista austríaco Otto Loewi. Ele diz ter sonhado com o experimento que o fez provar a existencia dos neurotransmissores. Aqui vai a descrição do experimento:

Loewi usou dois corações de sapo, um deles ainda ligado ao nervo vago ( nº1) e o segundo não (nº2). Ele colocou cada um desses corações em um recipiente, sendo que estes recipientes eram ligados entre si. Estes recipientes continham uma solução salina que acabava por entrar em contato com ambos corações. Com os corações ainda em funcionamento, Loewi estimulou eletricamente o nervo vago do coração 1 e observou que houve diminuição no seu ritmo cardíaco ( sabemos que o nervo vago age nas células cardíacas reduzindo a frequência cardíaca). Após um tempo, Loewi percebeu que o segundo coração, mesmo sem o nervo vago e o estímulo elétrico, também teve sua frequência reduzida.

[Imagem retirada do site: http://faculty.washington.edu/chudler/chnt1.html]


A conclusão de Loewi foi que ao estimular as células nervosas do nervo vago, elas produziram substâncias químicas que foram liberadas no fluído e em contato com ambos corações, mandando um sinal químico para que reduzissem a frequência dos batimentos. Loewi deu o nome de "Vagusstoff" que poderia ser traduzido como "droga do vago". Atualmente após muito aprofundamento nas pesquisas sobre tais substâncias químicas, sabemos que se trata do neurotransmissor acetilcolina, do sistema nervoso autônomo.

Postado por: João Bosco ( John)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sobre neurotransmissores e o envelhecimento



Gente, olha só que legal, eu achei um artigo do Dr. Armando Miguel Jr, que fala sobre a relação dos neurotransmissores com o envelhecimento..
Pra ler o texto todo é só clicar aqui, mas eu copiei as partes que eu julguei mais interessantes:


O que ocorre com os neurotransmissores com a idade?
* Com a idade os neurotransmissores (acetilcolina, dopamina, serotonina, noradrenalina e GABA) estão diminuídos de uma forma global e estão envolvidos em certas disfunções encontradas nos idosos, como a dificuldade de coordenação motora, distúrbios do sono e pequenos lapsos de memória.

Com a idade perdemos neurônios?
* Sim, estima-se que cerca de 50.000 a 100.000 neurônios desaparecem a cada dia. Entretanto, as perdas neuronais podem ser compensadas através da formação de novas sinapses e progressão dos axônios mesmo no cérebro envelhecido.

Como o cérebro combate a perda dos neurônios com a idade?
* As alterações decorrentes das perdas neuronais em determinadas áreas cerebrais podem interferir modificando os diversos fatores químicos relacionados à neurotransmissão. Porém, o chamado fenômeno de neuroplasticidade, que é a formação de novas sinapses evita que o cérebro perca a sua capacidade de guardar informações e desempenhar a função cognitiva.



Acho muito importante saber que os danos causados pela idade podem ser compensados se a mente for exercitada continuamente, o que ressalta a necessidade de atividades como a leitura durante tooda a vida.
Entãoo, se vc convive com alguém que está na melhoor idade, incentive essa pessoa a ler bastante, a fazer palvras cruzadas, jogar jogo da memória, essas coisas que não deixam o cérebro descansar e que fazem um bem enoorme pra mente.


Então é isso.. Beeijo! Até depois!

Postado por: Lari.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Bem vindos!




Olá! Nós somos um grupo de cinco alunos do primeiro período de medicina da UnB e estamos cursando a disciplina Bioquímica e Biofísica. Entre vários possíveis assuntos, escolhemos neurotransmissores para ser nossa linha principal de estudos nessa disciplina.

Neurotransmissores, sob um aspecto químico, são moléculas relativamente simples e pequenas, sintetizadas pelos neurônios e responsáveis pelo envio de informações a células–alvo, na forma de impulsos nervosos, inibindo-as ou excitando-as. Cada neurotransmissor tem um receptor específico, uma ação metabólica, determinada função e importância patológica.

O tema neurotransmissores despertou muito interesse no nosso grupo, visto que esses mediadores químicos estão presentes em várias situações do nosso dia-a-dia. Além do mais, compreendendo a bioquímica dos neurotransmissores, poderemos estabelecer suas relações com patologias, objetos de estudo de nossa futura profissão. Assim, por meio desse trabalho, poderemos compreender melhor os processos que ocorrem cotidianamente em nosso organismo, sejam eles sensações, aprendizagem e memória, pensamentos ou simples respostas motoras e emocionais.

Objetivamos também expor as consequências para o organismo do não funcionamento do processo de comunicação entre as células nervosas (sinapses), seja por um fator do próprio organismo ou pelo uso de substâncias psicoativas.

Esperamos compartilhar muito conhecimento sobre neurotransmissores e facilitar o entendimento deste tema.

Até a próxima!